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Quando ele morreu, aos 100 anos, em 12 de maio de 1995 (portanto, 17 anos atrás), Porto Alegre perdeu um personagem marcante. Seu nome: Joaquim da Cunha. Sua profissão: belchior.
Mercador de objetos velhos e usados, diz o verbete do Dicionário Aurélio para definir essa palavra. De acordo com as inscrições na fachada da loja com esse nome, que Joaquim manteve por 50 anos na Rua da Praia, próximo ao antigo Cine Cacique, ele era mais que isso. Lá estava escrito: "Compra de tudo / Vende de tudo".
Joaquim era português nascido em Souselas, próximo a Coimbra. Chegou ao Brasil em 1911, em 1927 veio para a Capital e, em 1930, fundou o mais incrível brique que a cidade já teve. No primeiro endereço ficou até 1980, quando mudou-se para a Marechal Floriano, 750/754.
Quem conheceu a casa de comércio de Joaquim, especialmente a da Rua dos Andradas, jamais se esquecerá dela. Além das vitrinas – abarrotadas dos mais inusitados objetos, que só poderiam ser retirados dali com enorme esforço –, um odor característico misturava mofo, poeira e ferrugem com o aroma dos tempos idos.
Um trompete, uma bússola, pregos oxidados (usados e tortos), um sino, escova, moedas, leque, quadros, lampião, louça, serrote, câmara fotográfica, ovo de madeira para coser meias...
(colaborou Jorge Leão)
Você lembra da loja Ao Belchior? Deixe seu comentário.
E vejam que a reportagem é de 15/5/2012. Em 7/5/2012 estávamos "abrindo os trabalhos". O nome já estava escolhido, ...ou foi logo depois. Coincidência.
ResponderExcluirTudo diz que tinha que ser Ao Belchior, mesmo, né?
ResponderExcluirPrá mim estava tão certo que nem pensei que queriam mudar!:))
Grande !! AO BELCHIOR_Gostei bastante da matéria ... parabéns.
ResponderExcluir________________________________________________________
Ps.: Alguem saberia d'um contato para > Jorge Leão ???
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